E aí a gente se dá conta que não é o bastante. E que procurar mais não é apenas capricho, ambição ou luxo, mas uma maneira de manter-se no caminho. (Caminho... acho que se a bifurcação que aparece fosse apenas "bi" eu não entenderia isso como um simples eufemismo.)
A morfina já parou de fazer efeito.
A gente ouve na rádio as notícias sobre a queda de investimentos em educação e saúde pública, com alegações sobre não haver verba enquanto eles constroem castelos sobre montanhas ou dentro de vales. Financiam obras demagógicas ao se aproximar de eleições. Aumentam seu salário de 23 para 28 mil reais até março do ano que vem, enquanto tem pai de família sustentando 8 filhos ganhando 480 reais por mês, sendo que esses 8 filhos são os que sobraram de 15 que não passaram do primeiro ano de vida, e 7 deles provavelmente usaram drogas, tornar-se-ão traficantes. Joga milhôes para o FMI para fazer imagem perante ao G20 e deixa a população apodrecer.
E o que a gente faz? Nada... Afinal, somos brasileiros, e não desistimos nunca, certo?
E aí acabamos entendendo que pra se fazer algo, primeiro precisamos cuidar do nosso bolso, de nossas coisas, de nossa casa, de nossa comida, de nossa família, e no final a gente vira mais uma célula cancerígena na sociedade. E gostamos de viver assim, pois podemos comprar nossa felicidade...
Someone just shoot me...
Um comentário:
Não se muda a sociedade saindo dela, mas sim tentando nadar contra a maré. O problema é que vivemos em um país sem sonhos e sem heróis. Como venho dizendo há um tempo - somos reféns de clichês. Taí mais um.
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