sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Confundi tudo...E aprendi mais um pouco...

É duro ter que aprender algumas coisas levando pancada.

Cometi meus erros, infelizmente depois de ter feito minha parte para que desse errado.

Confundi demonstrar confiança com inspirar confiança, e acabei criando uma imagem própria que foi considerada como algo a ser conquistado, e não alguém que estava ao seu lado.

Confundi silêncio com imparcialidade, sendo que na verdade silêncio também é o espaço deixado para que o outro preencha, e se sinta acolhido.

Confundi incertezas com ameaças, e não as vi como algo que simplesmente existem em qualquer lugar da nossa vida, e que na verdade, não temos certeza de nada, e que a vida vai vir com dois pés no seu peito pra te mostrar isso se for preciso.

Aprendi que falar é prata, e silêncio é ouro. Aprendi que pra conquistar é preciso falar, mas só no final entendi que pra manter é preciso calar.

Aprendi que é sim possível amar a alguém, não mais que a si mesmo, mas na medida certa, e fazer por amor muito mais do que a gente pensa ser capaz. E ter a certeza de fazer isso sem esperar aprovação, sem esperar agradecimentos, sem esperar retorno, mas simplesmente porque é o necessário para estar do lado da pessoa amada.

Aprendi que as palavras e verdades podem ser passageiras e efêmeras como os segundos. E que tudo pode mudar de uma hora pra outra. E que devemos dar a elas seu tempo, e a ela seu tempo.

Aprendi que mesmo quando acreditamos estar fazendo tudo certo, é bom parar e prestar atenção a volta. E que não adianta perguntar sobre isso, pois nem sempre a outra pessoa pode ter consciência de que não está também.

Aprendi que amar alguém é muito mais fácil e muito mais gratificante do que imaginava, e que a melhor coisa é ver o sorriso de quem se ama, sentir o abraço, sentir o carinho, dar risadas juntos, conseguir conversar horas por qualquer besteira, conseguir ficar em silencio e sentir os olhares tornando-se um só, fazer amor e sentir-se dois em um.

Mas a vida podia ter sido mais amena dessa vez. Não é justo sofrer de amor. Não é justo isso ter acontecido. Não é...

terça-feira, 9 de agosto de 2011

“Olho por olho vai acabar deixando a humanidade cega” Gandhi

É comum ouvirmos no nosso dia a dia: “tal pessoa nos deixou p*** da vida, mas deixa que ele/a vai ver só”, e coisas do gênero.

No geral, pelo senso comum, sabemos que pensamentos e atitudes assim não levam a nada, e que “violência (de qualquer natureza) só gera mais violência”.

O fato é que nem sempre estamos em perfeito estado de equilíbrio, e muitas vezes acabamos reagindo, ao invés de agir, frente as situações de estresse que somos acometidos.

Descontamos nossa indignação nos atendentes dos “atendimentos aos clientes”, que muitas vezes são prestadores de serviços de uma empresa terceirizada, e não são eles que prestam o serviço do qual vamos reclamar. Descontamos em nossos pais ou qualquer pessoa que more com a gente, quando chegamos a noite cansados do trabalho e a única coisa que pensamos é em descansar e não queremos que torrem nosso saco. Dentre outras inúmeras possibilidades.

Nisso, acabamos agindo com a máxima do “olho por olho e dente por dente”, e muitas vezes, acabamos por cegar ou arrancar dentes das pessoas que não necessariamente nos causaram o “mal” do qual sofremos.

Se agir dessa forma contra quem nos causou tal “dano” já é errado, projetar isso em outros é pior ainda. “Um erro não justifica outro.” E nada justifica um erro. Principalmente quando magoamos a quem queremos tanto o bem.

Cometi um erro há quase uma semana. Sei que, no mais, está tudo resolvido, porém a ideia de eu ter feito alguém sofrer por ter reagido, ao invés de respirar e agir conscientemente, me feriu. Errei. Assumo. Aceito as conseqüências. E não vou buscar justificar isso de qualquer forma. As únicas coisas que pude fazer foi me arrepender e me comprometer a melhorar isso em mim.

É muito fácil dizermos e fazermos o que não devemos simplesmente por reação. Mas acredito que temos a possibilidade de irmos aprendendo com o tempo, agir mais e reagir menos às situações. Só precisamos de paciência. Paciência e vontade de aprender com nossos erros. E ter a sorte de que as pessoas que estão mais próximas, sejam pacientes também. Pois quanto mais próximo, e maior o contato, maior é a chance de errarmos. De novo, isso não é justificativa para nada, apenas estatística.

... Reflexão pessoal demais...

domingo, 17 de julho de 2011

Entropia

A entropia (do grego εντροπία, entropía) é uma grandeza termodinâmica que aparece geralmente associada ao que se denomina, não em senso comum, de "grau de desordem" de um sistema termodinâmico. Em acordo com a segunda lei da termodinâmica, trabalho pode ser completamente convertido em calor, mas calor não pode ser completamente convertido em trabalho. Com a entropia procura-se mensurar a parcela de energia que não pode mais ser transformada em trabalho em transformações termodinâmicas.

Conforme a gente fica mais velho a gente tende a sofrer mais entropia. De repente parece que o ano passa mais rápido, que as horas passam mais rápidos, e quando a gente pára pra prestar atenção, se dá conta que muita coisa acaba passando por despercebida.

Pois então eu criei algumas soluções práticas para tentar fugir da entropia.

1. Procurar fazer somente aquilo que me interesse, não perder tempo com o que eu considero bobagens.
2. Aprender a me interessar por coisas novas. Coisas novas estimulam nossa percepção sensorial, o que traz aquela sensação de "tempo passando mais devagar".
3. Se não me trouxer nada de novo, corto. Seja assunto, filme, livro, ou pessoa. Principalmente pessoas.
4. Fazer as coisas de corpo e alma: não tenho nada a perder, sempre penso que estou partindo do zero. No máximo vou aprender que não gosto daquilo, ou que não quero aquilo. Tem pessoas que tem medo de tomar esse tipo de atitude em relação aos amigos ou relacionamentos à sua volta, por acharem que vão ficar sozinhos. Ficar sozinho é bom, aprendemos a nos valorizar, e melhor aprendemos a valorizar o outro na medida certa.
5. Parar de reclamar. Isso não muda nada, e só enche o saco dos outros.

Possíveis problemas que isso pode trazer:

* Muita praticidade leva a intolerância.
* Falta de paciência pra "cú doce". Quer mudar algo, faça. Quer dizer algo, diga. "Geralmente as coisas mais difíceis pra dizer ou fazer são as mais importantes."

Talvez isso pareça racional demais, mas não é. Não pra quem entende que mente e coração tem que andar lado a lado. Se a mente é mais forte isso gera frieza, e se o coração for mais forte, gera impulsividade e inconstância.