quarta-feira, 9 de setembro de 2009

E aí a gente se dá conta que não é o bastante. E que procurar mais não é apenas capricho, ambição ou luxo, mas uma maneira de manter-se no caminho. (Caminho... acho que se a bifurcação que aparece fosse apenas "bi" eu não entenderia isso como um simples eufemismo.)

A morfina já parou de fazer efeito.

A gente ouve na rádio as notícias sobre a queda de investimentos em educação e saúde pública, com alegações sobre não haver verba enquanto eles constroem castelos sobre montanhas ou dentro de vales. Financiam obras demagógicas ao se aproximar de eleições. Aumentam seu salário de 23 para 28 mil reais até março do ano que vem, enquanto tem pai de família sustentando 8 filhos ganhando 480 reais por mês, sendo que esses 8 filhos são os que sobraram de 15 que não passaram do primeiro ano de vida, e 7 deles provavelmente usaram drogas, tornar-se-ão traficantes. Joga milhôes para o FMI para fazer imagem perante ao G20 e deixa a população apodrecer.

E o que a gente faz? Nada... Afinal, somos brasileiros, e não desistimos nunca, certo?

E aí acabamos entendendo que pra se fazer algo, primeiro precisamos cuidar do nosso bolso, de nossas coisas, de nossa casa, de nossa comida, de nossa família, e no final a gente vira mais uma célula cancerígena na sociedade. E gostamos de viver assim, pois podemos comprar nossa felicidade...

Someone just shoot me...

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Pergunta frequente, pq eu preciso acordar amanhã? pq eu preciso me mexer?...
E pq isso tinha que ser tão importante?

Estou cansado... e qualquer hora, acho que a hora não vai mais chegar...

Coisas que me têm valor: família, amigos (extensão da família)... o resto eu não sei onde está...

Tempo demais... tempo de menos... tem não...
Faz um tempo que eu não sei mais o que escrever. E agora com o acordo ortográfico não sei nem mais como escrever.
É acordo, é gripe, é senado... Tudo que todo mundo fala, e já sabe. Nada que alguém saiba de fato...
Ano que vem ano de eleição, e as pessoas procuram mostrar serviço pra chamar atenção... (e essa rima fraca saiu sem querer, "argh").
Não consigo olhar pra outra coisa sem ser o final de mais um ano. E depois, o risco de cair no limbo trazido pela conquista do diploma em uma profissão que não é profissão...
Por maior e mais amplo que seja, caio sempre nesse mais do mesmo. O meu depósito de esperanças encontra-se vazio. Não tem som, não tem ar. Aliás, acho que nunca esteve cheio de verdade. Será que me enganei esse tempo todo?
Me enganei com essa história de trabalhar com algo que pode não trazer sucesso e satisfação profissional, mas é extremamente recompensador...
Cansei de esperar "tudinho de uma vez no fim do ano."
Que recompensa é essa que me trouxe insatisfações? O sistema educacional é pior do que a gente acredita que seja. No mundo das artes, todo mundo é cobra e\ou ocarina.

Após o quarto ano, acho que só vai sobrar o bom gosto musical... Se for pra viver arrependido, prefiro ter o que comer na mesa de minha casa...