sábado, 8 de março de 2008

Dez abafadas...

Medo!!!Medo???medo... MEDO.

Estava estampado na cara, nas palvras, nos olhares das pessoas que passavam por ali. A situação era tensa. A disputa pelo título de vencedor e pelo estigma de perdedor. Mas afinal é disso que se trata toda competição, mesmo aquelas que se trava consigo mesmo.

O jogo era duro e ainda estava zero a zero. Parecia que ninguém entendia como se marcava pontos, ou se entendia, não havia acordo. E de repente, toca o sino do final do último tempo.

Todos, torcedores e jogadores esperando por alguma coisa que gerasse o desempate, e nada. 15 minutos, e nada. Um ruído nas caixas de som.

_ Boa tarde. Decidimos que essa partida será encerrada assim. Sem mais nem menos, literalmente. Pois afinal, num jogo onde as regras não são claras, quem dá as caras nada mais é que a outra metade da coroa. Assim sendo, mantenham-se inalterados. Aliás, medrosos e indignados.

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Muitos dizem que o medo nos dá limites. Eu acredito que ele nos mostra o caminho como nos superarmos a cada instante. Pra mim, esse friozinho na barriga só mostra até onde eu já fui, e que dali em diante eu não conheço. E como eu não nasci pra ser medíocre, assim como todo e qualquer ser humano também não existe pra isso, tomo coragem e avanço contra o medo.

Não de maneira a derrubá-lo, mas sim para deixá-lo mais frouxo e flexível. Assim eu posso sempre chegar um pouco além.

O que há além dessa porta, não é nada mais nada menos do que aquilo que menos esperamos, e em todas as vezes, semente de prazer ou sofrimento. Mas como diriam os sete anões "tchuin tchuin tchun clain".

Não sei viver sem carregar na minha mão direita a minha chave da coragem.

Há já outras pessoas, que, para driblar esse sentimento criam uma ilusão de controle. E por esse caminho criam possibilidades de sim e não lineares. E de repente, susto, medo, frustração.

Eu acho que alcancei o segundo degrau dessa escalada. Já superei a ilusão de controle. Agora falta superar a vontade de ter controle. Esse ainda me frustra e assusta.

A vida não é linear apesar de ser simples. E ao contrário do que muitos pensam, é sim, um caminho sem volta. Na verdade vários caminhos. E todos levam até onde levarem. O que nos cabe é pisar um pé atrás do outro ou não.

É claro que temos experiências e noções de padrões que nos dão dicas de onde possivelmente cada caminho chega. Mas saibam de uma coisa: Na verdade, nunca chega. E quando chegar, é pq já foi.

Levar leve. Um passo de cada vez. O resto, é lucro, é bônus. Não faz nem deve fazer falta.

Sangue. É essa a tinta com que vc escreve a história da sua vida. Se tiver medo de perder todo sangue, de infeccionar um corte ao tirá-lo, de doer demais, de rasgar demais, etcs e etcs, Talvez sua única aquisição ao passar por ela seja um pedaço de pedra escrita : Descanse em Paz.

Um ano e meio que eu fiz aquela promessa. Não vou viver por viver, Vou viver. Ele me ensinou quando deixou de viver. A levarei comigo até meu último segundo.

Mas livre arbítrio...

post confuso e extremamente pessoal. não pensem sobre, apenas leiam sem se preocupar.
De erick para Erick...

2 comentários:

junior disse...

Vamos viver essa vida leve. Pense em tudo aquilo que ainda podemos aproveitar? Salsa? Por que não! Forró? Demorou!

Na dança da vida, nós que fazemos os passos.

=)

dicionarista-embaçado disse...

Talvez seja simples.
Simples como passar a chave da mão direita pra esquerda.