Ponto ponto ponto
Terminou-se mais esse conto... Escorrido no canto escuro dos olhos que refletiam o céu pintado de estrelas... Daquele que cantava emudecido ao luar suas lembranças, seus apegos, suas ilusões... Que nada mais deixou nesse virar de páginas além de palavras escritas uma após a outra, letra por letra, sem sentido claro, ou talvez, sem sentido algum e ponto... E precisa haver algum??? Página virada, que devia ser queimada e deixar espaço para o registro somente para o que há agora e mais nada...
Não...Não acredito em lembranças... Boas ou ruins... Não acredito nelas... Elas só servem pra quem vive do passado, no atraso de um saudosismo hipócrita que prega a ilusão de já ter sido bom em algum momento... Bom??? defina bom... Se conseguir uma definição que escape de sua interpretação idiossincrática pessoal, quem sabe talvez ela deva ser proferida aos que querem ouvir...
Das experiências só devem restar lições... Nada mais... O além a isso, somente o luxo da alma pueril e contente aceita... Pra alimentar-se do comodo estado de melancolia da auto-piedade... E ainda acredita-se bom...
Só assim se vive intensamente. Só assim se vive presente no presente... E o resto, que fique para os cães famintos e sedentos...
ponto ponto ponto
Isso não significa eximir-se da responsabilidade de suas ações... Me surpreende como alguns tem a capacidade de desculpar-se somente para errar novamente... Afinal errar é humano... ERRADO... Quem faz isso, não tem o direito de achar-se humano, e muito menos, ser humano...
Se não tens consciência, não faça... Se não pode resolver, não procure... E se fizer, admita, e se redima de forma justa e honesta, e não como uma criança que simplesmente vira as costas e sai andando esperando as coisas se concertarem sozinhas.
ponto ponto ponto
Nenhum comentário:
Postar um comentário